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segunda-feira, 4 de julho de 2011

UM POUCO SOBRE A DITADURA EM BRASÍLIA


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A história da ditadura militar em Brasília se enlaça um pouco com a história da Universidade de Brasília, fundada pelo antropólogo Darcy Ribeiro, que desde o seu projeto de fundação com o apoio na época do presidente JK e em acordo com os dominicanos de São Paulo e do papa para a construção, sofreu forte rejeição após a sua construção do regime militar, sendo invadida por tropas de Minas Gerais em 1964, onde 40 professores foram presos na Universidade e encarcerados posteriormente no Teatro Nacional, por sinal cartão postal de Brasília, e como poucos sabem, um dos “porões” da ditadura.
Após a invasão foi levada a cabo pelo regime militar uma demissão coletiva dos professores da Universidade, entre 1965 e 1968, a UNB foi mergulhada numa crise sem precedentes, com cursos fechados, prisões, aliadas a Atos institucionais e Leis que cerceavam a liberdade de expressão como a Lei Suplicy(LEI Nº 4.464, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1964), nos governos de Castelo Branco e Costa e Silva, lei esta que impediam as manifestações dos estudantes e determinava como os mesmos deveriam se organizar, o que resultou numa união e luta maior dos mesmo, se organizando e resistindo contra as medidas da ditadura militar.
A contra-medida da ditadura foi a prisão e consequente tortura dos estudantes e a expulsão dos mesmos da Universidade, culminando em 1968 com o AI-5, ato ditatorial que juridicamente tentava justificar a arbitrariedade da ditadura.
Uma das pessoas mais atuantes no meio estudantil de Brasília que merece amplo destaque foi o estudante de geologia HONESTINO GUIMARÃES, preso em 1968 após a invasão da Universidade, ficando por 5 meses detido, com a promulgação do AI-5 passou a viver na clandestinidade em São Paulo, em 1971 foi eleito presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), em 1972 mudou-se também na clandestinidade para o Rio de Janeiro, onde continuou lutando contra o regime militar e organizando encontros estudantis até ser preso pelo Centro de Informações da Marinha, após meses preso, os órgãos militares nada esclareceram sobre sua prisão, engrossava a lista de desaparecidos políticos, tendo apenas o seu reconhecimento de óbito em 1996, sendo também homenageado com o DCE (Diretório Central dos Estudantes) da Universidade de Brasília levando o seu nome.
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